Ao concluir a faculdade de psicologia é normal estar ansioso para colocar em prática tudo o que você aprendeu. Você mal pode esperar para ter sua própria clínica e começar a atender os primeiros pacientes, não é? No entanto, tem muita coisa que ninguém te conta sobre esse comecinho, mas que todo mundo deveria saber.
É por isso que a equipe da Psicologus escreveu esse texto: para ajudar quem ainda é um psicólogo iniciante. Confira a lista a seguir:
1 – Ter um consultório é caro
Depois de anos gastando com estudos, na hora de começar a atender é necessário investir mais uma grana. Abrir o próprio consultório é bem caro e mesmo que você opte por sublocar o espaço, os custos podem se somar rapidamente. Existem gastos com aluguel, anuidade do Conselho, impostos, limpeza, burocracia, mobília, divulgação, documentação… Isso sem falar que todo psicólogo tem que se manter sempre atualizado, então ainda precisa sobrar dinheiro para cursos, congressos e livros.
2 – Encher a agenda não é fácil
Quando não temos experiência, às vezes temos a ilusão de que depois de pegar nosso diploma os pacientes vão começar a bater na nossa porta. Sabemos que a realidade é um pouco mais dura, ter uma agenda cheia não é simples e não acontece do dia pra noite. É resultado de muito trabalho duro, dedicação e principalmente paciência.
Para conquistar a sua clientela o quanto antes aposte nas parcerias, profissionalização, redes de contatos e se posicione nas mídias digitais. Não tenha vergonha ou medo de aparecer!
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3 – Você não é tão bom quanto pensa
Esse item pode ser difícil de digerir! Mas por mais difícil que seja, eu preferia que tivessem me dado esse choque no começo. Isso porque existe uma coisa chamada “Efeito Dunning-Kruger”, um fenômeno psicológico que faz com que indivíduos menos experientes se sintam mais autoconfiantes, pois não sabem a dimensão dos conhecimentos que eles ainda não possuem. À medida que o indivíduo aprende mais e vai ganhando experiência, ele percebe os erros que cometia antes sem nem perceber. É o exato oposto da Síndrome do Impostor.
É por isso que pessoas mais capacitadas tendem a ser mais humildes sobre seus feitos do que pessoas menos preparadas. Quando comecei a atender na clínica eu achava que era o máximo e que a faculdade tinha me ensinado tudo que eu precisava saber. Hoje percebo que a cada dia evoluo mais e que essa caminhada de conhecimento nunca acaba realmente.
4 – O CRP não é seu inimigo
O Conselho de Psicologia da sua região não tem apenas papel de fiscalização, ele também existe para te auxiliar no que você precisar. Demorei algum tempo para perceber que o CRP da minha cidade poderia ser meu aliado. Além de serem uma ótima ferramenta de networking para psicólogos, esses conselhos estão preparados para te orientar com organização de prontuários, tabela de honorários, acervos de materiais e muito mais. Use isso a seu favor!
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5 – Você não está sozinho(a)
Por mais que durante o atendimento com seus pacientes você esteja sozinho na sala, existe uma corrente de apoio que vai muito além das paredes do consultório. No começo dá um pouco de medo de atender os pacientes. Bate aquela insegurança e a gente se pergunta: “será que eu estou fazendo tudo certo?”, “quem vai me ajudar se eu tiver dúvidas?”, e assim por diante.
Você não vai construir sua carreira sozinho(a). Conte com o apoio dos seus familiares, dos seus colegas de faculdade, dos professores e de outros colegas de profissão. Todo mundo precisa de apoio emocional e de um círculo de confiança, principalmente quando se trata de seguir um sonho e começar a exercer a profissão. Portanto, não se isole! Mesmo quando estiver frente a frente com o paciente, lembre-se que você nunca está só.
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